Durante o verão, mergulho em águas rasas é uma das principais causas de lesão de coluna

A associação da ingestão de álcool com a realização de mergulhos em águas rasas é ainda mais grave no Estado de Minas Gerais devido à sua geografia marcada pela presença de um grande número de cachoeiras. Somente no Hospital João XXIII, da Rede Fhemig, no verão do ano passado, o mergulho em águas rasas foi uma das principais causas de traumatismo raquimedular, lesão responsável pela incapacidade total ou parcial de jovens com idade entre 19 e 29 anos.

O coordenador do Setor de Coluna do Serviço de Neurocirurgia do Hospital João XXIII, Marco Túlio Reis, ressalta que, no HPS, o verão chegou mais cedo nesta temporada. O médico faz esta observação para ressaltar o fato de que o hospital registrou, já no mês de novembro de 2013, dois casos de acidentes resultantes de mergulho em águas rasas.

Incapacitação irreversível

De julho de 2012 a julho de 2013, 538 pessoas deram entrada no HJXXIII com traumatismo raquimedular (TRM). Deste total, 184 foram vítimas de queda de altura, grupo em que prevalecem os casos de mergulhos em águas rasas.

Do mesmo modo, entre agosto de 2012 e janeiro de 2013, dos 262 atendimentos realizados pelo hospital para TRM, a maioria, novamente, foram de quedas de altura. Para se ter uma ideia da gravidade deste tipo de trauma, dos 184 casos de quedas de altura atendidos pelo HPS, 106 pacientes tornaram-se tetraplégicos ou paraplégicos.

Jovens e alcoolizados

Segundo o coordenador do Serviço de Neurocirurgia do hospital, Rodrigo Faleiro, 80% dos pacientes atendidos em razão de lesões medulares, no HJXXIII, são homens jovens, com idade entre 19 e 29 anos. Este perfil revela outro dado representativo; um número considerável dos pacientes atendidos encontra-se alcoolizado. Isto mostra que a ingestão de bebidas alcóolicas aparece como um fator que potencializa o risco envolvido nos mergulhos em águas rasas, pois inibe a adoção de medidas de prevenção.

Apesar da sua experiência de mais de 14 anos como frequentador de piscinas e cachoeiras, de não ingerir bebidas alcóolicas e de ter o hábito de verificar a profundidade das águas antes de saltar, o servidor público Wainy Gleysson Silva, de 30 anos de idade, sofreu uma lesão de coluna, no dia 14 de novembro do ano passado, ao correr em direção à piscina para realizar um mergulho. Ele escorregou antes de concluir o salto e bateu a cabeça no fundo da piscina. Felizmente, Wainy não sofreu nenhuma lesão neurológica e, portanto, não ficará incapaz. Para aqueles menos cuidadosos, o servidor público faz um apelo: “nunca pulem de cachoeiras ou piscinas se estiverem alcoolizados. Mesmo sem ter bebido, eu me envolvi neste acidente. Tive sorte, mas não é bom contar com a sorte nestes casos”, pontua.

Fonte: Agência Minas

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